Autoridade e o poder

“E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os

espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a

enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são

estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão;

Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu;

Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu,

apelidado Tadeu; Simão, o Cananita, e Judas Iscariotes, aquele que

o traiu. Jesus enviou estes doze, e lhes ordenou, dizendo: Não ireis

pelo caminho dos gentios, nem entrareis em cidade de samaritanos;

Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; E, indo,

pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. Curai os enfermos,

limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de

graça recebestes, de graça daí. Não possuais ouro, nem prata, nem

cobre, em vossos cintos, nem alforges para o caminho, nem duas

túnicas, nem alparcas, nem bordões; porque digno é o operário do

seu alimento. E, em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes,

procurai saber quem nela seja digno, e hospedai-vos aí, até que vos

retireis.” (Mateus 10:1-11)

       Escolheu os doze discípulos e os nomeou apóstolos, e assim os

enviou a várias partes de Israel com a recomendação de naquele

momento irem somente pregar em Israel, e não fora do território dos

judeus; não era para pregar para os gentios. Ele já estava preparando,

pois sabia que muito poucos judeus iriam aceitar, e continuam até hoje

com os corações endurecidos, não aceitando Jesus, não o reconhecendo

como o Messias, o Filho de Deus. E esses discípulos foram com a

autoridade e o poder que receberam de Jesus para operar milagres e

sinais para que os judeus vissem e soubessem que era o Poder de Deus,

e a pregação era para avisar que o Reino de Deus já tinha chegado e

estava disponível para quem quisesse nele entrar, como está hoje.

Observamos que Jesus mandou os discípulos irem com a roupa do

corpo, não levarem nada, e que seriam mantidos e sustentados, pois os

que trabalham na obra são sustentados pelo Senhor, digo ser

sustentado, alimentado e cuidado, e não receber luxo ou riquezas, pois o

Evangelho não é fonte de riquezas materiais para ninguém. E que, ao

chegarem a uma cidade, deveriam procurar uma casa de alguém justo e

ficar até saírem da cidade, e não podiam ficar cada dia em uma casa, ou

escolher esta ou aquela, mas simplesmente ficar e nunca reclamar do

que lhes dessem para comer, e que comessem com alegria e satisfação

o que fosse servido.

         “E, quando entrardes nalguma casa, saudai-a; E, se a casa for

digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para

vós a vossa paz. E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas

palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

Em verdade vos digo que, no dia do juízo, haverá menos rigor para o

país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade. Eis que vos

envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as

serpentes e inofensivos como as pombas. Acautelai-vos, porém, dos

homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas

suas sinagogas; E sereis até conduzidos à presença dos governadores,

e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e

aos gentios.” (Mateus 10:12-18). E a recomendação de Jesus foi que,

quando chegassem a uma casa, eles deveriam saudar com a paz deles,

se os moradores fossem pessoas de paz, a receberiam, e se não

fossem, não receberiam, e eles sairiam e iriam para outra casa. E se

chegassem a uma cidade, a um local e as pessoas não os aceitassem,

não concordassem com eles, então que saíssem e fossem para outro

local e cidade, mas não deveriam tentar forçar as pessoas a aceitarem o

Evangelho. Não deveriam tentar convencer ninguém, mas simplesmente

pregar, avisar que o Reino havia chegado, e que não debatessem,

somente comunicassem; se não aceitassem, deveriam seguir em frente.

Os que rejeitam o Evangelho prestarão contas ao Senhor, e não seriam

eles que deveriam tentar convencer as pessoas; e nós, como cristãos,

não podemos obrigar ninguém a aceitar a nossa Verdade, que é Jesus

Cristo. Também Jesus os alertou para não serem bobos, e sim

inofensivos como as pombas, e prudentes, espertos, astutos como as

serpentes, porque, se somos de Cristo, não somos tolos, pois temos a

sabedoria que vem do alto, que é muito superior à do mundo, e a tudo

discernimos, portanto, não somos enganados nem vilipendiados, nós

tudo sabemos e entendemos, não reagimos com violência, nem

cometemos injustiça nem desonestidade, mas identificamos quando

tentam nos enganar. Seguidor de Jesus, servo fiel não é bobinho, pois

tem o Senhor Jesus que habita Nele, e Ele tudo sabe, pois é o Criador de

todas as coisas. “Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado

como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será

ministrado o que haveis de dizer. Porque não sois vós quem falará, mas

o Espírito de vosso Pai é que fala em vós. E o irmão entregará à morte o

irmão, e o pai o filho; e os filhos se levantarão contra os pais, e os

matarão. E odiados de todos sereis por causa do meu Nome; mas aquele

que perseverar até ao fim, esse será salvo. Quando, pois, vos

perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo

que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o

Filho do homem. Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo

mais do que o seu senhor.” (Mateus 10:19-24).

Leiam e pratiquem a Bíblia, mais especificamente o Novo Testamento.

Que Deus os abençoe.

Um abraço,

Pr. Henrique Lino