Querido irmãos a paz a todos, depois de tudo o dia de testemunhar o que Deus fez e está fazendo na vida do meu filho chegou, sim, Ele está fazendo na minha também, vou relatar aos irmãos como Deus me tornou forte para dizer não como mãe e como Ele ouviu minhas orações.
Vou relatar junto a esse outro testemunho, outro testemunho como Deus foi colocando e está colocando tudo no seu devido lugar em minha vida.
Tem uma frase que eu sempre falo para meu filho “Sou sua amiga sim, porém quando meu papel de mãe tiver que prevalecer, eu serei sua mãe e não sua amiga”
Vamos lá, me chama Francielle, meus filhos se chamam Pedro Lucas hoje com 21 anos e o meu pequeno Matheus com 10 anos. Moramos em Curitiba no Paraná.
Quando Pedro nasceu eu tinha 18 anos, eu e seu pai sempre nos esforçamos dar o melhor para ele, até dois anos de idade ele teve várias internações com pneumonia, fomos em vários médicos, até Deus iluminar com um médico que descobriu o que ele tinha e indicar o tratamento correto.
Ele foi crescendo, tinha muito amor e carinho, porém eu sempre fui autoritária e mandona, tudo tinha que ser do meu jeito.
Deixa-me fazer um parêntese aqui querido irmãos, como na minha infância meu pai era muito mandão e autoritário, eu segui exatamente o que ele fazia, mesmo não gostando quando criança e falando que nunca seria assim com meu filho.
Na escola o Pedro não ia nada bem, foi diagnosticado com TDAH, não parava em sala de aula, sempre dizia que não gostava de estudar. Lembro exatamente de um dia que ele tinha que ele tinha 8 anos e eu fui chamar sua atenção para fazer a lição e ele olhou para mim, com um olhar fixo e muito estranho, o corpo todo duro e disse que me odiava. Comentei esse fato com uma grande amiga e ela como cristã e entendendo da palavra disse assim para mim “Fran não foi o Pedro que teve essa atitude o diabo está usando ele”, irmãos estou contendo em detalhes para todos entender o maravilhoso agir de Deus em minha vida.
Essa amiga me convidou para ir à igreja e levar o Pedro, eu fui, porém, não dei muita importância.
Quando ele tinha 10 anos e meio, nasceu seu irmão, nossa segunda benção o Matheus, na minha cabeça estava tudo completo, tinha minha família, porém nem percebia que faltava o mais importante Deus.
Com a chegada do irmão o Pedro melhorou um pouco, trocamos ele de escola e durante uns 4 anos as coisas foram melhores com ele.
Como já mencionei eu sempre fui mandona, brigava demais com meu marido, não me importava se os meninos estavam por perto ou não.
Em 2016 quando o Pedro estava para completar 15 anos e o Matheus tinha acabado de completar 4 anos, aquela minha fachada desmoronou, veio a separação e junto a revolta do meu filho.
A partir daí ele não queria ir mais para a escola, a diretora me ligava todos os dias, uma vez a diretora me ligou e me falou para trocar ele de escola, pois via nele um menino muito bom, mas ele estava se envolvendo com pessoas e coisas erradas.
Em desespero troquei ele de escola, isso ele estava no primeiro ano do segundo grau, porém não adiantou, tive que trocar mais uma vez de escola e assim ele reprovou pela segunda vez.
Fui levando a situação com muita dificuldade, muito choro, muito medo e sofrimento.
Já acompanhava o pastor Henrique pela internet, via seus vídeos no Youtube. Passado mais ou menos um ano e meio da separação, resolvi ligar para o pastor, pois precisava de ajuda principalmente com meu menino. Conversei com o pastor e em novembro de 2017 ele passou a me acompanhar.
Meu filho cada vez mais rebelde, não me respeitava, me respondia e achava que se mandava e não precisava me dar satisfação. Em março do ano seguinte (2018), em um sábado ele me desobedeceu muito, e falou que ia morar com o pai, eu liguei para o pastor, ele me aconselhou a mandar ele arrumar as coisas e ligar para o pai dele para vir buscá-lo, e assim fiz.
Os irmãos devem estar se perguntando como estava me sentindo? Com muito medo, com desespero e sem ter muita certeza de nada, a única coisa que sabia é que precisava ser forte, pois Deus me deu uma missão educar meu filho para ser um homem.
Quando o pai dele chegou, expliquei o que aconteceu, ele apenas nesse primeiro momento concordou comigo e levou o Pedro para casa da vó. (minha sogra mora a 5 quadras da minha casa).
Gostaria de fazer uma observação, nessa época devido a separação turbulenta eu não tinha contato com minha sogra e nem com nenhum parente do meu marido.
Como mencionei foi só no primeiro momento que meu marido concordou comigo, depois ele e toda a família dele ficou do lado do Pedro, pois ele contou muitas mentiras para o pai e para a vó.
Bom depois que o Pedro foi embora, eu tentei falar com ele na primeira semana, sem sucesso, o pastor disse para eu não procurá-lo nesse momento, ele precisava entender que tinha que me obedecer e principalmente respeitar, pois eu era sua mãe.
Em conversa com o pastor, como seu pai não estava pagando em dia a pensão nesse período, ele me aconselhou a cancelar o plano de saúde dele, o plano do celular, enfim deixar o pai cuidar dele, e eu iria cuidar do pequeno que estava sofrendo muito também com essa situação.
Mais ou menos duas semanas depois de tudo isso, eu passei mal, precisei fazer uma cirurgia de emergência, com a apendicite quase estourando. Irmãos como eu chorava, chorava de dor, pois era uma dor insuportável, chorava de desespero por ver minha família destruída, chorava por ver o Matheus, tão pequeno passar por tudo isso, chorava com medo de morrer, enfim vi minha vida desabando.
Quando sai da cirurgia, ainda meio sedada, vi o Pedro de longe, minha irmã havia ligado para ele e pedido para ele ir me ver no hospital.
Quando recebi alta, percebi que precisava cuidar de mim, pois meu pequeno Matheus precisava de mim, o pai mal vinha ver ele. A partir daí decidi lutar pelo meu filho de uma maneira totalmente diferente, decidi colocar a palavra de Deus em prática, em Provérbios 3 capítulos 11-12 diz meu filho não despreze a disciplina do Senhor, nem se magoa com sua repreensão, pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem.
Era isso que precisava fazer, para o bem o meu filho, por amor a ele, precisa discipliná-lo, assim como Deus me amava e estava me disciplinando.
Não procurei mais meu filho, o Pedro nessa época trabalhava como menor aprendiz, não sei como não foi mandado embora pois nem sempre ia trabalhar. Eu moro em um apartamento no terceiro andar, do lado de um terminal de ônibus, eu sabia que ele chegava entre 18:00 e 18:30hrs do trabalho, nesse horário eu desligava as luzes de casa para ele não saber que eu estava em casa e ficava esperando ele descer do ônibus, espiando pela janela, o fato que ver ele mesmo escondida já me tranquilizava, eu sabia que precisava continuar sendo forte para educar meu filho, e eu nem percebia que Deus estava usando tudo isso para me lapidar também. Muitas vezes olhava ele pela janela chorando e orando, profetizando na vida do meu filho. Também pedia perdão a Deus pelas palavras de maldição que ao longo da vida do meu filho falei para ele, sim irmãos muitas vezes xingamos nossos filhos e nem se damos conta que estamos lançando maldições na vida deles.
Passados uns dois meses o Pedro me mandou uma mensagem pedindo para eu verificar um problema na sua linha telefônica, pois o número estava cadastrado no meu CPF, na mensagem ele me chamou de Francielle, eu fui bem firme e disse a ele que quando precisasse falar comigo era para me chamar de mãe, pois era isso que eu era e queria respeito. No Dia das Mães ele novamente me mandou uma mensagem, porém dessa vez com respeito, eu respondi com amor, porém com firmeza.
Uma vez ele me ligou e disse que havia sido atropelado, perguntei como ele estava, me falou que estava bem e que ia levar uns pontos no joelho, questionei com quem ele estava e me disse que estava com o pai, falei Ok, qualquer coisa me liga e voltei a trabalhar, sim irmãos mais uma vez doeu muito eu queria sair correndo, ver meu filho e cuidar dele, mas naquele momento ainda não podia.
Durante esse tempo sabia que ele estava envolvido com coisa errada, até droga sei que usou e nunca ia para a escola, cheguei a ligar uma vez para o pastor de madrugada, pois tinha muito medo de alguma coisa acontecer com meu menino, tinha muito medo de receber uma ligação dizendo que meu filho havia morrido.
Quando deu quatro meses e meio que ele estava fora de casa me procurou e pediu para voltar, chamei ele para uma conversa em casa comigo, falei que podia voltar, porém precisava seguir as regras, não aceitava bebida, droga e queria respeito, ele não aceitou, então seguiu novamente para a casa da avó, mais uma vez chorei e mas segui firma.
Talvez os irmãos se perguntem se o pai ou a vó falava comigo sobre essas coisas que meu filho fazia, não, não tínhamos contato. Apenas nesse dia que ele quis voltar eu mandei um SMS para o pai dele relando a nossa conversa e dizendo que da maneira que ele queria voltar eu não aceitava.
Uma semana depois dessa conversa o Pedro novamente me procurou e pediu para passar uma semana em casa, disse a ele que uma semana ou um mês as regras são as mesmas, ele aceitou e veio. Foi uma semana de matar as saudades. Quando passou essa semana, sentei-me na ponta da cama dele e falei, filho vou falar uma coisa para você que vai doer mais em mim do que em você, a minha casa não é hotel, ou você se torna um homem e fica de vez ou não vai ter próxima semana.
E assim ele voltou para casa.
Eu sempre firme orando, e conversando com o pastor, o Pedro até que obedeceu por um tempo, mas não queria estudar e mentia muito, e começou a namorar uma menina que posso dizer que era pior do que ele.
Durante esse namoro, precisei ser firme várias vezes, com ele e com ela, até o dia que falei que não queria mais ela na minha casa, ela era muito mal-educada e não respeitava nem a mãe dela.
Eu sou totalmente contra a frase do mundo que alguns pais falam “melhor fazem na minha casa do que na rua, assim eu estou vendo onde está” não concordo irmãos, coisa errada não deixa de ser errada porque está sendo feita na minha casa.
Lembra irmãos que eu falei no começo que eu ia contar um testemunho dentro desse testemunho, como Deus estava colocando tudo em ordem na minha vida. Devido a separação turbulenta eu não falava com a família do meu marido, então, eu já tinha orada para Deus tirar os maus entendidos que a separação gerou com a minha sogra, minha cunhada e minha sobrinha que ajudei a criar e tinha também meu coração a grande vontade de voltar a falar com elas. Em setembro de 2019 aconteceu uma situação que preciso contar a vocês, é um testemunho dentro desse testemunho.
Nesse mês me desliguei do meu trabalho o qual trabalhei por 5 anos, por isso estava em casa, minha sogra havia feito uma cirurgia do coração e estava se recuperando, eu sabia pelo meu filho, um dia ela passou mal e desmaiou em casa, o Pedro estava lá e me ligou desesperado pedindo ajuda.
Sai correndo, quando cheguei lá, entrei na casa da minha sogra a qual não entrava a mais de 3 anos, ajudei minha cunhada a colocar ela no carro, fomos até o posto de saúde onde mandaram levar ela até o Hospital Santa Casa que fica no centro de Curitiba, onde ela fez a cirurgia, eu falei ao médico que precisava de uma ambulância pois era quase 50 minutos de carro, seria perigoso. Ele disse não tinha ambulância disponível e que ela precisava ir o mais rápido possível ao hospital. Eu e minha cunhada ficamos apreensiva, mas fomos e levamos ela, chegando lá, ela ficou internada, ajudei minha cunhada em tudo.
No dia seguinte fui até o hospital e fiquei com minha sogra a tarde, para minha cunhada resolver algumas coisas burocráticas, na hora de ir embora, minha cunhada me puxou pelo braço me abraçou, agradeceu e me pediu desculpas pelos maus entendidos, e assim que cheguei em casa minha sobrinha me ligou me agradecendo também e me pedindo desculpas. Irmãos vocês têm noção como chorei e agradeci a Deus, mesmo nessa situação difícil, Ele fez tudo no seu tempo para colocar as coisas no lugar. Graças a Deus minha sogra se recuperou e foi para casa, eu fui visitar ela e assim voltamos a ter contato e dessa vez com muito carinho e respeito.
Em novembro desse mesmo ano decidi passar o final do ano no sitio com o pastor e as minhas amigas irmãs que conheci nas outras vezes que já havia ido ao sitio, como estava sem trabalhar e recebendo seguro desemprego, achei que seria bom para mim e para meu pequeno Matheus, irmãos não comentei muito do Matheus aqui, pois ele é uma criança super tranquila, eu sempre falo que ele veio para me ensinar, pois ele confia tanto em Deus que muitas vezes, mesmo sendo tão pequeno me acalmava com lindas palavras.
O Pedro completou 18 anos em dezembro e começou a dizer que como estava de maior podia fazer o que quisesse, um dia antes da viagem ele quis sair à noite e eu não deixei, e ele falou que ia mesmo assim pois já tinha 18 anos, eu avisei se ele saísse não entrava em casa de madrugada, ele foi e no outro dia me avisou que estava na sua vó e pediu para pegar umas roupas, como eu estava saindo para viajar, deixei ele pegar e ele foi para a vó.
Eu e o Matheus fomos viajar, chegando em BH, ficamos na casa da minha amiga Luciana, e depois fomos com minha amiga Michele e sua princesa Julia para o sítio de carro. Passamos Natal e Ano Novo lá, ao todo ficamos 20 dias no sito, Matheus se divertiu muito e eu aprendi demais.
Como Deus havia restaurado a relação com minha sogra, ligava para ela nesse período e perguntava como estava o Pedro, ele ainda estava rebelde. Talvez irmãos vocês se perguntem por que minha sogra aceitava ele lá, vou responder a vocês que ela é uma super vó, igual a minha mãe e sei que as duas não teriam coragem de deixá-lo na rua, nesse período tive até que pedir para minha mãe não se meter na educação do Pedro, pois ela não aceitava muitas vezes que eu dizia não a ele.
Voltei de viagem e ele ficou na minha sogra, em março de 2020 chegou à pandemia e eu ia começar a trabalhar, porém decidi ficar em casa mais um tempo até saber como seria essa pandemia, pois o Matheus tem asma e eu ia cuidar dele. Chamei o Pedro para conversar, pois como ele teve problema quando criança no pulmão devido as pneumonias eu fiquei muito preocupada com ele pegar esse vírus que na época não sabíamos nem o que era.
Ele veio para casa e graças a Deus nenhum de nós pegamos nada e nem ficamos doente. Comecei a trabalhar novamente e as coisa foram voltando ao normal, o Pedro sempre conseguiu trabalho, porém sempre faltava e era mandado embora, e eu falava com Deus, para que meu filho tivesse responsabilidade e que fosse sensível a voz do Espírito Santo, sempre ouvia as pessoas falarem mães de joelhos e filhos de pé.
Eu adoro trabalhar irmãos, sou muito responsável com meus compromissos, adoro estudar, terminei minha pós-graduação, acho o estudo de estrema importância, era muito ruim ver meu filho odiando os estudos e sem responsabilidade nenhuma com o trabalho.
O Pedro chegou a pagar a auto escola e simplesmente desistiu. Em casa ele havia melhorado em relação a me respeitar, o pastor sempre falava que eu não podia aceitar falta de respeito comigo.
Nessa época eu já não me desesperava mais, já colocava tudo na mão de Deus, mas fazia minha parte como mãe na educação do Pedro, ele tinha as obrigações dele em casa, como me ajudar a limpar a casa e ajudar pagando nem que seja uma luz ou uma internet.
Depois de tudo isso eu e Pedro descobrimos que o pai dele havia entrado na justiça pedindo pela exoneração, ou seja, tirar ele da pensão, pensão essa que ele nem pagava direito, meu Deus mais uma revolta do meu filho, ele passou a odiar o pai, pois o pai fez tudo escondido. Ele se referia ao pai como aquela cara.
A intimação chegou através de um oficial de justiça, tive que contratar um advogado, e juntar todas as despesas, principalmente do Matheus.
Eu chamei o pai deles para conversar e pedi para tirar o processo pois o Pedro e ele iriam ficar frente e frente numa sala de audiência, que poderíamos resolver ser justiça, mas ele disse que não iria tirar o processo.
Ele praticamente ficou sem falar com o pai por mais de um ano.
O ano de 2020 e 2021 passou as coisas em casa foram se ajustando, e eu entendia cada vez mais o que Deus estava fazendo na minha vida, lia e leio a palavra de Deus, para nunca mais me permitir ser quem eu havia sido.
Em janeiro de 2022, eu estava de férias e havia viajado com o Matheus e o Pedro levou uns amigos na minha casa, pela manhã o síndico me ligou e me disse que o som estava muito alto e estava assim a noite inteira. Liguei para ele e ele me falou que não havia ninguém em casa, pedi para minha mãe ir até minha casa pois era perto, chegando lá ela me ligou e falou que tocou todo mundo da minha casa, ela estava bem nervosa.
Liguei para o Pedro novamente e avisei que estava ligando para a polícia caso todos não saíssem da minha casa. Quando retornei de viagem, cheguei bem cedo acordei o Pedro e ele começou a me responder, estufando o peito e falou alguns palavrões, eu pedi que ele me respeitasse e ele não parou, falou que era de maior e se mandava, eu disse que para se mandar precisava se morar sozinho e se bancar.
Irmãos ele estava achando que eu era a filha e ele o pai, aquele dia eu decidi acabar com a brincadeira, pois se ele não me respeita, acha que vai respeitar a sociedade?
Falei com o pastor, deixei o Matheus na minha sogra e sim irmãos fui à delegacia e fiz um boletim de ocorrência contra meu filho, o delegado falou para mim que por ele ser homem e morar na mesma casa, entraria na lei Maria da Penha e se eu apresentasse o boletim de ocorrência, ele seria intimado para uma audiência e eu teria uma medida protetiva contra ele, ou seja ele teria que sair de casa e não poderia chegar perto de mim e nem do irmão. -
Quando peguei uma cópia do boletim de ocorrência, onde relatei tudo que ele havia feito e as palavras que havia falado para mim, bati uma foto e enviei para o Pedro com todos os detalhes que o delegado havia falado.
Chegando em casa fui até o quarto dele e falei que a brincadeira havia acabado, pois agora ele não tem 16 anos, ele já tem 20 e já era um homem, e minha obrigação perante Deus e a sociedade era fazer jus a minha missão de ser mãe.
Irmãos depois disso nunca mais, nunca mais mesmo o Pedro me respondeu ou me faltou com respeito.
Em abril de 2022, tivemos a audiência sobre a pensão, eu aceitei a exoneração, pois como o Pedro não estava estudando, a lei dizia que ele não tinha direito. Olha como Deus faz as coisas perfeitas, se eu imaginasse ou tivesse confiado mais, não teria me desesperado tanto, a pensão acabou ficando toda para o Matheus o mesmo valor e ainda maior devido as pensões atrasadas.
Nessa época o Pedro havia novamente perdido o emprego por falta e eu decidi que não iria mais ajudar ele a procurar emprego, conversando com Deus, comentei com Deus que o Pedro precisa ficar um pouco desempregado e eu preciso deixar ele apenas com o básico, para aprender a dar valor no trabalho.
E foi o que fiz durante uns 5 meses ele ficou sem conseguir trabalho, e eu só comprava o básico em casa, e as outras coisas como bolachas, iogurtes, lanches eu só comprava para o Matheus. Eu nunca deixei o Pedro passar fome irmãos, mas não comprava nada além de arroz, feijão, macarrão etc., o básico mesmo.
O dia mais difícil da minha vida foi o dia que ele falou que estava com vontade de comer doce de leite no pão e pediu para eu comprar, pois ele gosta muito de doce de leite. Eu disse que tinha margarina e que quando ele conseguisse um trabalho ele cuidasse e não faltasse, tivesse responsabilidade e assim teria sempre dinheiro para comprar as coisas dele, meu Deus como foi difícil falar isso, depois disso fui para meu quarto e chorei.
Durante esses 5 meses que ele ficou desempregado ele me pediu algumas coisas, como desodorante por exemplo e eu infelizmente tive que falar não.
Bom irmãos a parte ruim acabou, Deus ouviu minhas orações e escreveu uma nova história na minha vida e do meu menino hoje com 21 anos, ele a está a 8 meses trabalhando em uma multinacional, nuca faltou, nem uma dia. Para vocês verem o que Deus fez, no feriado de carnaval ele tinha que trabalhar e foi pegar o ônibus no horário que sempre vai, porém o ônibus não passou e ele me ligou desesperado pois percebeu que por ser feriado não tinha aquele horário o ônibus, me falou assim mãe pelo amor de Deus me leva no trabalho, não posso faltar, ainda mais que é feriado e nem posso chegar atrasado, eu levei ele e no caminho ele estava agoniado me pedindo para ir rápido para ele não chegar atrasado. Voltei para casa depois de deixá-lo glorificando a Deus. Agora chorando de alegria.
Ele voltou a fazer o processo da carteira de motorista, está todo animado pois vai poder dirigir o carro, pois nunca o deixei dirigir sem carteira, sempre falei para ele, a lei diz que ter carteira para dirigir, então é a lei que vamos seguir. O errado não passa a ser certo porque a maioria faz.
Ele me ajuda com as contas de casa, respeita eu e irmão dele. Para honra e gloria de Jesus terminou o segundo grau e falou em fazer faculdade. Pagou as contas atrasadas dele, está se arrumando, até sua fisionomia mudou, está com vários planos, voltou a falar com o pai, aliás a relação dele, do irmão e do pai não poderia estar melhor. O pai está cuidando deles melhor do que antes, já falei com o pastor que as vezes dá até ciúmes da relação deles, brincadeira irmãos, e muito bom ver os três juntos.
O melhor de tudo é que o Pedro está falando muito de Deus, sempre me fala mãe Deus está me ajudando e me agradece por eu nunca ter desistido dele, e ter falado vários não para ele.
As vezes o Pedro fala coisas que no passado eu sentia vontade de ouvir dele nessa hora meu coração se enche de gratidão a Deus, pois só eu e meu Deus sabia desse meu desejo.
Sim ele ainda sai a noite de vez em quando e bebe quando sai, mas sei que no tempo certo isso também será passado.
Deus fez mais do mereço, aliás não merece nada, mas pela misericórdia Dele, Ele restaurou a Francielle soberba, metida, orgulhosa e restaurou minha casa, hoje não tem mais grito no meu lar, nem briga, sempre ajudamos um ao outro, sou muito feliz no meu trabalho, me dou muito bem com minha sogra, cunhada e sobrinha, com meus irmãos, meu pai e minha mãe.
O mais engraçado irmão é que o Pedro agora fala que não quer sair de casa, ele disse que não gostou da ideia de ficar longe de casa. E eu falo claro que não vai ficar velhinho do meu lado, larga do meu pé.
Agora mesmo estou finalizando de escrever esse testemunho com choro de novo, mais agora de agradecimento ao meu Deus, hoje fui almoçar em um restaurante com meus filhos, o Pedro me convidou eu e o irmão.
Meus sonhos voltaram, voltei a estudar, e fazer planos, amo viajar, sempre fazemos aventuras eu e o Matheus, conheci lugares lindo.
Mais o mais importante é a paz que hoje sinto, nada é melhor do que a sensação de dever cumprido, nada é melhor do que ser obediente a palavra de Deus.
Hoje consigo perceber que o dia da separação foi o dia que Deus mostrou o quanto me amava, pois foi através dela e do sofrimento que ela me trouxe que eu conheci Jesus. Hoje nada mais é importante que Ele na minha vida.
Pastor só tenho a agradecer a sua paciência, quantas broncas levei, sou muito grata, hoje as nossas conversas são tão leves né pastor, não tem mais sofrimento nas minhas palavras.
Minhas amigas do ministério, nem vou citar nomes para não esquecer de ninguém, tiveram tanta calma comigo, levei broncas delas também, mas amiga de verdade chama atenção quando é preciso.
Irmãos nunca desistam, passei por muito choro e medos, desesperos, muitas vezes achei que nunca chegaria a minha vez, mas ela chegou.
Crônica 7 – 14 então se meu povo que pertence somente a mim, se arrepender, abandonar os seus pecados e orar a mim, eu os ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e farei o país progredir de novo.
Antes de finalizar meu testemunho gostaria de deixar um recado para todas as irmãs que são mães, que sejam fortes, pois excesso de carinho sem disciplina é igual a delinquência.
Nesse período eu ouvi que não gostava do Pedro apenas do Matheus, mas quem ama educa, quem ama diz não, eu sei irmãs de dói mais em nós, eu passei por isso, você viram no meu relato, eu gritei, eu chorei, mas precisei ser firme, hoje meu filho se tornou um homem, que respeita a lei, a sociedade e acima de tudo me respeita como mãe, respeita a minha casa e a família, hoje posso ir ao mercado fazer compra e compro tudo, inclusive o doce de leite para ele com todo carinho, aliás faço questão de comprar o doce de leite, porque quando eu precisei dizer não eu consegui ser firme, então lute mães, não desistem dos seus filhos.
Muito obrigada Deus por me ensinar, muito obrigada pela força e pela coragem que o Senhor me deu.
Fiquem com Deus meus irmãos.
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