“E propôs-lhes também uma parábola: Pode porventura um cego guiar outro cego? Não cairão ambos no barranco? Não é o discípulo mais do que o seu mestre; mas todo o que for bem instruído será como o seu mestre. Por que vês o argueiro no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.” (Lucas 6:39-42)
Jesus, através dessa parábola, nos traz um grande e amplo ensinamento, pois percebemos como há pessoas que nada sabem, mas se levantam como mestres, querendo ensinar ou falar sobre o que nada entendem. Observamos no meio denominado evangélico muitos dos seus pregadores falarem, afirmarem algo que está totalmente contrário à Palavra de Deus; eles conseguem fazer uma interpretação que é totalmente fora do contexto. Muitos dos que se dizem, que se autodenominam pastores nem mesmo sabem o que é ser pastor, tomador de conta do rebanho das ovelhas do Senhor, pois eles não ensinam o Evangelho, mas, sim, teorias mundanas. Falam de amor, de felicidade, prosperidade e bênçãos, falam de curas, mas nada entendem, quase nunca falam de salvação, de arrependimento, de vida em santidade. São muitos os que estão divorciados e defendem e apoiam o divórcio e o segundo casamento, como se o Senhor permitisse, autorizasse tal adultério, uma vez que não precisa ser um doutor para entender que casados estão ligados um ao outro até a morte, e que absolutamente ninguém pode ou consegue separá-los, e que todos os que se envolvem com quem é divorciado estão em adultério juntamente com o(a) divorciado(a). Assim também os que vivem criando campanhas mentirosas com a desculpa de que o templo precisa de recursos não conhecem o Senhor, pois quem mantém as igrejas é o Senhor, e Ele nunca autorizou ou sequer falou alguma coisa sobre campanhas, que é uma criação do ser humano, mas especialmente de brasileiros, que exportaram essa cultura. Assim também a venda de qualquer objeto no interior dos templos ou na porta, ou ficarem pedindo ofertas, isto porque são cegos guiando outros cegos, porque, se as pessoas que frequentam esses tipos de templos, congregações, lessem, meditassem na Bíblia, saberiam que estão erradas só em estar nesses lugares. Portanto, são cegos guiando outros cegos, e esses são apenas alguns exemplos, pois há vários.
“Porque não há árvore boa que dê mau fruto nem tampouco árvore má que dê bom fruto. Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois dos espinheiros não se colhem figos, nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem; e o homem mau, do seu mau tesouro tira o mal; pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos digo?” (Lucas 6:43-46). Temos que entender a simplicidade do Evangelho, a maneira simples como Jesus nos ensina. Basta querermos aprender e não ficarmos pensando em fazer as nossas vontades. Esse exemplo da árvore é formidável, pois é muito claro, e só não entende quem não quer, não deseja viver segundo a vontade de Cristo, quer atender a sua vontade carnal. Quando nos dirigimos a uma árvore de determinada fruta, esperamos, sabemos que iremos encontrar aquela fruta, mesmo que seja verde ainda, madura, ou até mesmo podre, mas é a fruta da árvore. Não iremos encontrar laranja em um pé de uva, a uva encontraremos na videira, em um pé de uva. Assim também, se somos filhos de Deus, as pessoas têm que ter a segurança, a certeza de que encontrarão em nós as obras de Deus. Como ninguém espera maldade, desonestidade do Senhor, elas também não podem esperar algo assim de nós. Mas o que vemos hoje é a classe que Jesus mais combateu, que são os hipócritas, os que falam uma coisa mas fazem outra, dizem que são uma coisa, mas as suas atitudes, as suas obras revelam outra. O que há em nossos corações, em nosso interior é o que falamos e expressamos, portanto, nada oculto que não há de ser revelado, porque quem vive na Luz, que é Jesus, sempre vai ver, saber discernir todas as coisas bem como as pessoas. Infelizmente, vivemos em uma geração de religiosos hipócritas, que gritam, cantam, que amam Jesus, mas que não abandonam as práticas erradas e sempre têm uma desculpa para justificar os seus erros. Portanto, sabemos que são árvores falsas, mortas, que já estão secas e que para nada servem a não ser para serem queimadas. “Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala, e pôs os alicerces sobre a rocha; e vindo a enchente, bateu com ímpeto a torrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque tinha sido bem edificada. Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a torrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.” (Lucas 6:47-49).
Leiam e pratiquem a Bíblia mais especificamente o Novo Testamento. Que Deus os abençoe.
Um abraço,
Pr. Henrique Lino
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